Nome: O País dos Petralhas
Autor: Reinaldo Azevedo
Gênero:
Encadernação: Brochura - 336 Páginas
Crítica ácida e implacável à sociedade brasileira, principalmente ao governo petista dos últimos seis anos. O que significa "petralha"? Um glossário, no fim do livro, esclarece: "Neologismo criado da fusão das palavras "petista" e "metralha" – dos Irmãos Metralha, sempre de olho na caixa-forte do Tio Patinhas. Um petralha defende o "roubo social". O roubo social é uma disciplina que, praticada pelos operadores do petralhismo entranhados no partido e no setor público, se baseia no – como dizer? – roubo. Pode ser o roubo para eleger um candidato, ou o roubo para enlamear um opositor, ou o roubo para encher as burras de dinheiro. Em geral, tudo isso junto. Para que um petralha possa roubar sem constrangimentos, ele precisa contar com a cumplicidade de outros petralhas, enfronhados na imprensa, na internet, nas salas de aula, nos gabinetes, nos tribunais, nas delegacias, nas rodas de samba. O papel deles é fazer a defesa teórica do banditismo, acobertando todos os crimes cometidos em nome do partido. Esta é a gangue que o autor combate: a gangue que violenta as idéias, que corrompe os conceitos, que brutaliza a verdade. Apesar de estar sempre em guerra, Reinaldo Azevedo, colunista de O Globo, se considera "bastante convencional". O que isso quer dizer? Quer dizer que ele chama "crime de crime, ladrão de ladrão, bandido de bandido". E acrescenta: "No auge de minha esquisitice, defendo o cumprimento da lei". Essa é uma idéia repetida incessantemente ao longo do livro. Para ele, "a impunidade destrói qualquer chance de futuro. Se a lei é cumprida, entra-se numa espiral positiva de direitos e deveres". Por isso ele se bate pelas leis e pelas regras da democracia, da gramática, da lógica, dos bons costumes e da patente dos remédios. No país dos petralhas, o assombroso é ficar do lado da lei.
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